PROGRAMAÇÃO PARALELA
Com o objectivo de divulgar e explorar os conteúdos do projecto a um público mais abrangente, além da exposição, é desenvolvido um vasto programa de actividades paralelas: visitas guiadas e workshops para o público em geral, laboratório com alunos da Faculdade de Belas Artes, vários debates, conversas entre curadoras e artistas e uma conferência que contará com convidados da área científica.
in A Estranha Ordem das Coisas p.17 A. Damásio
ENTRE ARTE, CIÊNCIA E EDUCAÇÃO
Num panorama de falimento das teorias separacionistas e reducionistas na compreensão do mundo e na própria sustentabilidade da existência, impõe-se uma revisão e um novo paradigma.
Com as acções paralelas, pretende-se uma sensibilização à abordagem sistémica, pressupondo a interrelação e conectividade da totalidade dos fenómenos e do ser humano integrado na existência, em oposição ao antropocentrismo e reducionismo analítico.
As actividades procuram fomentar a sustentabilidade ambiental e a sensibilização para a implementação de boas práticas ecológicas. Articulando as artes com outras áreas sectoriais.
Convite a pensar a cultura como fenómeno biológico.
As perspectivas dos artistas e curadoras, enquadradas nos conceitos base do projeto; a prática artística focada na sustentabilidade dos meios utilizados. Os processos criativos como lugar de existência, retiro, relação com a natureza, e comunhão com o todo. Olhar crítico sobre a relação humano/natureza, no sentido da sua equidade.
14 NOV | 18H_ CONVERSA COM ARTISTAS E CURADORAS
Laboratório de Química Analítica - espaço expositivo
21 NOV | 18h_ CONVERSA ENTRE ARTE E CIÊNCIA
convidados
Nuno Pimentel - oncologista, Fundação Champalimaud
Roberto A. Keller - biólogo, MUHNAC-ULisboa e Centre for Ecology
Sandra Teles Nascimento - psiquiatra, Hospital Júlio de Matos
com intervenção dos artistas, curadoras e debate aberto ao público
Auditório Manuel Valadares
+ INFO e inscrições: aqui
17 NOV | 11h - 13h
SENTIR, ser forma _ Palavras-chave: respiração, movimento criativo e desenho ‘cego’
Uma actividade contemplativa de ligação à natureza, desenvolvimento de foco e atenção plena. Através do desenho ‘cego’ (sem olhar para o papel) e exercícios de respiração, vamos observar as formas naturais do jardim botânico. De seguida, através da exploração do movimento orgânico, faz-se um convite ao participante para sentir-se parte integrante da natureza através do corpo, das suas acções básicas e do fluxo natural do organismo, entenda-se o movimento criativo como veículo de ligação ao corpo e à natureza.
24 nov | 11h-13h
ENTRAR, ir além _ Palavras-chave: observação ao microscópio, experimentação pictórica com elementos naturais.
Vamos observar ao microscópio elementos recolhidos no jardim Botânico e a partir dessa observação, vamos intervir sobre o material criado no primeiro workshops com diferentes técnicas e materiais: collage, pigmentação com elementos naturais, terras e outros elementos.
1 dez. | 11h-13h / 14h-16h
GRAVAR com luz _ Palavras-chave: cianotipia, fotografia artesanal
Através da aprendizagem das potencialidades que a técnica da Cianotipia oferece, vamos criar registos fotográficos dos elementos orgânicos recolhidos no jardim, explorando os efeitos da impressão da luz sobre papel que previamente iremos sensibilizar com a emulsão química foto sensível.
VISITAS ORIENTADAS
Colaboração e concepção: LUGAR ESPECÍFICO
A decorrer entre 8 e 30 de novembro, direcionado a escolas e público em geral, por marcação directamente com o serviço educativo do MUHNAC-ULisboa.
Sinopse: Conhecem o conceito de homeostase? E ecologia profunda diz-te alguma coisa? Anda descobrir mais sobre estes dois conceitos que serviram de inspiração para esta exposição.
+ INFO e inscrições: aqui
Aceita o desafio da Salomé Nascimento para reflectir sobre a questão do filósofo Arne Naess:
INTEGRAR _ é um Laboratório de criação artística, com alunos da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, com o objetivo de desenvolver um corpo de trabalho a partir da exposição. Este laboratório desenvolve-se em 3 sessões de cerca de 2h, dinamizados pela artista Salomé Nascimento, que propõe uma tomada de consciência da nossa ligação à natureza e a necessidade da sua proteção, explorando diversas técnicas de criação artística, como o desenho, respiração, movimento, observação ao microscópio, fotografia em cianotipia e pintura com elementos naturais. A ideia é que a partir da exposição e do trabalho realizado nos workshops, se crie um diálogo com as aulas do curso de escultura, para a concretização de objectos/registos artísticos que serão apresentados na Finissage a 30 de Novembro, em conjunto com um momento de conversa aberta ao público com a artista, as professoras Marta Castelo e Helena Elias e os alunos envolvidos.